As cinco
hipóteses:
·
a diferença entre
aprendizagem e aquisição
·
a ordem natural
·
o monitor
·
o input
·
o filtro afetivo
1-Aquisição
/Aprendizagem
Muito
do que é dado em sala de aula o aluno aprende, mas não adquire.
Idealmente para
“Krashen” o ensino precisa ser adquirido para não ser esquecido e o aluno só
adquire se o assunto proposto for interessante e ou relevante.
A
competência pode ser desenvolvida de duas formas em uma Segunda Língua:
A
primeira forma é através da linguagem de aquisição, um processo que atua no
subconsciente quando o ensino pode ser implícito, informal e natural.
A
Segunda forma é através da linguagem de aprendizagem que se refere ao
conhecimento consciente para uma Segunda Língua, através de regras , do ensino
explícito.
2-Ordem natural
A ordem de aquisição
de uma Segunda Língua não é a mesma para a aquisição da primeira língua, mas há
algumas similaridades.
A hipótese propõe que o aluno receba
a língua num todo e então ele a usará de acordo com a necessidade, não sendo
necessário um seqüenciamento
pré-estabelecido porque o aluno decidirá a seqüência própria.
3-Monitor
O monitor pode ser interno ou de
procedimento, e ele pode não ser ativado mesmo
estando arquivado, então no momento de
produção oral ele pode ou não ser aplicado.
Ele também pode ser utilizado em excesso e
poderá atrapalhar e dificultar a
comunicação.
Com
relação ao uso do monitor é importante considerar as condições que são
necessárias mas não
totalmente eficientes:
-
o tempo real de
comunicação;
-
o foco na forma que
sustenta o assunto;
-
o conhecimento das
regras.
As variações individuais no uso do
monitor podem ser classificadas em três tipos básicos de desenvolvimento:
-
o uso constante que
impede a fluência e pode interferir na comunicação;
-
o “não” uso por opção
ou por falta de conhecimento ;
-
menor necessidade de
uso por conta da competência do usuário.
4-Input
Esta hipótese afirma
ser necessário adquirir ,não aprender.
Quando é oferecido ao aluno vocabulário ,estrutura e mais
conhecimento num nível um pouco acima da
competência do aluno que funciona como pequenos desafios que contribuem
para o bom aproveitamento do aluno. Então a comunicação tende a ser bem
sucedida porque o input é apreendido e resulta em produções satisfatórias de
habilidades de imersão.
5-Filtro afetivo
O filtro afetivo pode muitas vezes
bloquear informações que impedem o aluno de se lembrar de coisas importantes e
a maioria destas causas podem ocupar o lugar dentro de uma destas três
categorias citadas:
-
motivação;
-
autoconfiança;
-
ansiedade
A
hipótese do filtro afetivo explica que é possível chegar a competência do
falante nativo ou ocorrer a fossilização dependendo do input que passa pelo
filtro afetivo.
Comunicação
pode ser entendida aqui por ter as seguintes características(Canale 1983:03):
como uma forma de interação social, o envolvimento de criar em formas e
mensagens, ocupar lugar no discurso e em contexto sócio-cultural, Ter
propósito, julgar , negociar informações através da linguagem verbal e não
verbal e produzir e compreender processo.
Esta teoria incluí quatro áreas de
conhecimento e habilidades: competência gramatical, competência
sóciolingüística, competência discursiva e competência da estratégia.
As
abordagens podem ser de formas gramaticais ou comunicativas. As formas
gramaticais ( i.e. formas fonológicas, formas morfológicas, padrões sintáticos,
formas gramaticais lexicais) e a abordagem comunicativa que é organizada nas
funções de base da comunicação (apresentar desculpas, descrever, convidar,
indicar).
O foco na forma x o foco no uso
discute as abordagens implícitas e
explícitas de ensino gramatical no desenvolvimento de habilidades comunicativas
para o uso da língua alvo. Partidários de uma abordagem mais primordialmente
comunicativa costumam condenar um ensino mais formal ou estrutural como
formadores de alunos repletos de conhecimentos
que não colocam em prática. Por outro lado outros tantos alunos quanto
professores partilham de uma agradável
sensação de “ordem” quando a gramática
é ensinada de um modo mais formal , mesmo que de forma implícita.
Quanto aos aprendizes deve ficar bem
claro a que ponto de proficiência estes pretendem chegar, pois para muitos , uma
interlíngua é completamente suficiente mas para outros que desejam adquirir um
grau mais elevado de proficiência na língua, a longo prazo, a gramática
explícita pode ser muito eficiente.
Podemos
definir Competência comunicativa de várias formas:
“ Competência
comunicativa é o aspecto da nossa competência que nos capacita a exprimir e
interpretar mensagens e negociar sentidos interpessoalmente dentro de contextos
específicos.” ( Brown, 1994:227)
“Competência
comunicativa é relativa, não absoluta, e depende da cooperação de todos os
participantes envolvidos.” ( Brown,1994:227)
“A estrutura teórica
para a Competência Comunicativa inclui quatro áreas de conhecimentos e
habilidades: Competência Gramatical, Competência Sociolingüística, Competência
Discursiva, e Competência Estratégica (Canale,1983: 06)
“A noção de
Competência Comunicativa inclui não só Competência Gramatical (conhecimento
implícito e explícito sobre as regras gramaticais), mas também Competência
Contextual ou Sociolingüística ( conhecimento das regras de uso da linguagem)”.
( Canale& Swain,
1980: 04)
Além
da competência , seria relevante também definir aquilo que pode ser chamado de
Ensino Comunicativo:
“ O ensino comunicativo em uma língua
estrangeira é aquele que organiza as experiências de aprender em termos de
atividades/ tarefas de real interesse e/ou necessidade do aluno para interação
com outros falantes- usuários da língua; ou o Ensino comunicativo é aquele que
não toma as formas da língua descritas nas gramáticas como modelo suficiente
para organizar as experiências de aprender outra língua mas sim aquele que toma
unidades de ação feitas com linguagem como organizatórias das amostras
autênticas de língua alvo que vão oferecer ao aluno- aprendiz”. ( Almeida
Filho, 1993:47).
A Tranferência pode ser positiva ou negativa, sendo que a primeira
facilitaria a aprendizagem enquanto a outra
com padrões da língua alvo pode levar a erros com origem na língua
materna. Podemos mencionar fatores sócio- culturais, personalidade, fatores
biológicos, idade e influência da língua nativa.
A Interlíngua
é a mistura de línguas no processo intermediário , quando a LE e L1 se fundem .
No final dos anos 60
a aprendizagem de línguas estrangeiras passa a ser vista dentro de um contexto
significativo, onde a criatividade ocupa lugar no seu ambiente
lingüístico.
Os erros ganham status porque são considerados resultados do
processo.
Interlíngua é um
processo que representa a colocação da linguagem produzida pelo aprendiz em uma
categoria intermédiaria própria e também tem como uma das causas a
necessidade humana de tentar organizar o caos lingüístico legítimo, o
qual parece ser capaz de apaziguar a insegurança do aprendiz. A interlíngua é
um sistema próprio que se organiza em torno de si , promovendo a libertação da
Hipótese de Análise Contrastiva.
Esta sistematicidade
produzida é considerada como influência da língua nativa do aprendiz.
Assim sendo, na
Análise Contrastiva acreditava-se que a sistemacidade presente na linguagem do
aprendiz era basicamente aquela da sua própria língua nativa que formava
gradualmente o sistema da língua- alvo até que este conceito começou a ruir.
Então passou-se a observar que a transferência de dados lingüísticos era
apenas um dos fatores.
Os aprendizes passam
pelos estágios de desenvolvimento desde o pré – sistemático, onde ele
comete erros aleatórios, passando pelo estágio emergente onde ele evita usar
aquilo que não tem certeza, prosseguindo pelo estágio verdadeiramente
sistemático quando ele começa a se corrigir com a ajuda de outros , chegando
enfim no quarto estágio, o de estabilização quando já é possível se auto
corrigir.
A interlinguagem
também pode ser vista do ponto de vista variável. Tipos de variabilidade como a
sistemática e não- sistemática podem ser considerada básicas no processo, gerando a variabilidade
individual e contextual a partir da sistemática, que podem estar inseridas num
contexto lingüístico ou situacional.
O fato que chama atenção é que alguns
alunos não alcançam o nível 3, o que levou Higgs e Clifford ( 1982) a
identificarem um fenômeno chamado de “Terminal 2”, quando o aluno inicia o
treinamento em um nível de proficiência 2 mas não ultrapassa a marca 2+,
deixando assim de atingir a habilidade lingüística necessária para suprir as
exigências do padrão de proficiência requerido.
Os fatores como personalidade, motivação, estilos de
aprendizagem e aptidão
lingüística têm
identificado diferenças entre os aprendizes, ao invés de considerá-los blocos
compactos e de características semelhantes.
Um aspecto relevante à observação dos
fatores que compõem as diferenças
individuais é a extroversão / introversão do aprendiz. Os Estilos cognitivos também são
conhecidos como fortes evidências neste processo de diferenciamento.
Outro fator que pode ser mencionado
novamente é o filtro afetivo
variando em
motivação,
autoconfiança e ansiedade. As atitudes do
aprendiz também devem ser levadas em consideração quando se procura melhor
compreensão de determinadas ações e reações dos aprendizes de inglês.
A aptidão
é um conceito um tanto excludente e fatalista, sendo por muitos
considerado
preconceituoso, porém no processo de aprendizagem de línguas não pode ser
negado. Já o termo ansiedade é outro
fator que pode ser importante se for apresentado em baixo grau, porém em
excesso pode levar indivíduos a desempenhar atividades sem propósito
suficiente.
A
pesquisa sobre crenças e expectativas
também identifica noções pré – concebidas
sobre a aprendizagem de uma língua estrangeira.
Consideremos
basicamente dois tipos de motivação mais específicos: Motivação Integrativa
e Motivação Instrumental. Uma, envolvendo a relação do aprendiz com o grupo
cultural da língua- alvo e adotando novos hábitos lingüísticos; outro, que se
caracteriza pelo desejo de ganhar reconhecimento social ou vantagens econômicas
através do domínio de uma língua estrangeira.
Aquela que deriva de algum tipo de
incentivo externo, ao contrário do desejo de aprender em si, ou pelo interesse
em tarefas.
Aquela que pode ser definida pelo desejo
generalizado de investir esforço na aprendizagem por si só.
GLOSSÁRIO
ANÁLISE CONTRASTIVA –
sistema lingüístico de recorrer à sua língua nativa de modo sistemático e
previsível.
APPROACH
– abordagens, crenças sobre determinados assuntos dentro do ensino-
aprendizagem.
APTIDÃO LINGÜÍSTICA –
habilidade de codificação fonêmica, sensibilidade gramática, habilidade indutiva
de aprendizagem de línguas, memória e aprendizagem.
ENLIGHTENED – esclarecido, com princípios embasados a partir
de vários estudos.
ESTILOS COGNITIVOS –
compreensão através do hemisfério esquerdo do cérebro determinado “analista
e/ou o hemisfério direito, o “poeta”.
FILTRO AFETIVO –
variáveis afetivas que podem ser divididas em três categorias básicas:
motivação, autoconfiança e ansiedade.
FOSSILIZAÇÃO
– a estabilização do nível de proficiência lingüística.
INPUT
– insumo , material exposto de aprendizagem.
INTERLÍNGUA –
processo em que o aprendiz numa categoria intermediária produz um língua.
LANGUAGE ACQUISITION
– processo subconsciente quando a competência é adquirida atravé da
aprendizagem implícita.
LANGUAGE LEARNING –
processo que se refere ao conhecimento consciente com gramática , regras .
Processo através da aprendizagem explícita.
METHOD – como o plano sistemático é apresentado a partir da
abordagem selecionada.
MONITOR – recurso que
sugere a correção própria do aprendiz durante
o uso da Segunda Língua.
MOTIVAÇÃO
EXTRÍNSECA – aquela que deriva de algum tipo de incentivo externo.
MOTIVAÇÃO
INSTRUMENTAL – caracterizado pelo desejo de ganhar reconhecimento social ou
vantagens econômicas através do domínio de uma língua estrangeira.
MOTIVAÇÃO INTEGRATIVA
– desejo do aprendiz de se inserir na
sociedade – alvo, ou entre os falantes
nativos da língua em questão.
MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA-
pode ser definida pelo desejo generalizado de investir esforço na aprendizagem
por si só.
PID
– mistura de idiomas que sugere um mínimo de comunicação.
PROFICIÊNCIA – escala
que classifica os perfis de competência da habilidade lingüística
do aprendiz.
SOTAQUE
– marca de identidade da língua materna.
TECHNIQUE –
atividades específicas aplicadas na sala de aula que sejam consistentes com o
método e abordagem em harmonia.
TRANSFERÊNCIA
– influência da língua materna na
língua- alvo.